segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

últimas palavras de 2007!

Essa é minha última postagem do ano! Estou indo viajar agorinha.
Queria agradecer todos que frequentam esse espaço, que leêm essas coisas que aqui escrevo.
Todos meu amigos, amigas, familiares meu muito obrigado por ter vocês mais um ano assim, bem pertinho de mim.
Um fim de ano maravilhoso a todos, que ano que vêm possamos continuar juntos, e que o caminho do bem seja o único caminho a ser traçado por nós!

Um grande beijo a todos, meus sinceros votos de felicidade, sáude e amor!

ric.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Balanço


Mais um que se vai,
Outro que vêm,
Mais um que se esvai,
Outro que retêm,
Mais um balanço findo de morte,
Outro nascer estonteante.
E eu a girar rodopiante
livre, solto, enclausurado
a esperar os próximos lances
E nessa espera ansiosa, dura, frágil
Só você me detêm,
em seu largo leito de prazer,
me convida a ser...seu.
e só seu o meu eu
à espera do seu
livre do meu mal incerto
reluta de luto
o que um dia por ser bruto
foi chamado de adeus.



ric.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

lugar do passado.



Flor linda flor, te vejo semeada entregue em meus braços,
de longe te meço sem qualquer pudor....
te acho linda, bela, graciosa....
por meus braços te daria meus laços todos cheios de amor.
Queria que ouvisse meu coração cheio de cantos, cânticos,
que nada dizem ao meu canto.
de onde vim, permaneço entregue entre meus laços...
de onde vim esqueço meus lados...
móvel, estático; cheio de dúvidas que rondam meu ser.


ric.

Samba do amor morrido.

Não se pode saber
Quando o amor vai bater
Ás vezes parece que aquele coração machucado
Nunca será lembrado
Mas de repente
Como a flecha de um arco
Que cruza o céu azul
Me sinto novo
Com o coração cheio de luz
E quando isso acontece
A vida parece, floresce
Tudo é riso e alegria
Podem dizer que meu samba é pobre,
Que meu coração tem alma de indigente
E com simples migalhas se torna agradecido
Por não sofrer mais de amor morrido.


ric.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Bahia terra da felicidade!


Há tempos não tinha vontade de escrever aqui...Mas hoje subitamente me deu uma vontade de escrever, simplesmente porque dormi e sonhei com um lugar lindo, cheio de coqueiros, o mar estava calmo, a brisa batia suavemente em meu rosto, a calma era tanta que quando acordei em meu quarto, em Sampa City, caí em lágrimas. Lágrimas salgadas como aquele mar do sonho, mas nem de perto tranquilas como aquelas marolas.
Ao recordar do sonho não pude evitar a semelhança daquele lugar com minha querida Bahia. Portanto esse Post é uma homenagem à um lugar nesse Brasil que é tão especial quanto o sorriso de uma criança ao ver o mar bater em seus pés pela primeira vez.
Simplesmente Bahia!

Quem nunca foi, quem nunca respirou lá, meus sinceros pesares, vocês não sabem...

"Bahia, terra da felicidade
Morena, eu ando louco de saudade
Meu Senhor do Bonfim
Arranje outra morena igualzinha pra mim

Ô Bahia
Bahia que não me sai do pensamento
Faço o meu lamento, ô
Na desesperança, ô
De encontrar nesse mundo
Um amor que eu perdi na Bahia, vou contar

Ô Bahia
Bahia que não me sai do pensamento..." Ary Barroso

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Não se faz uma revolução em 3 minutos!

Video feito para noites de kino do festival internacional de curtas de São Paulo.

TVR: um golpe midiático, uma revolução que não existe, um masturbador de livros que sonha que a revolução há de bater em sua porta... realizado em 24h para "noites de kino", tema: revolução, por Andre D'Elia, Carol, Gabriela e os não creditados Andradina e Dida Andrade. Participação especial de Mia melo e Pou didlley.

Ah muleke!

Festival do minuto!

Meu grande amigo Andradina e seu comparsa Dieguito, fizeram esse vídeo pro festival do minuto. Curtam aí, e deêm suas opniões.

domingo, 28 de outubro de 2007

Publicidade- 30 anos de Playtennis

direção e montagem: Andradina; dir. de fotografia: Pedro Mendes; ass. de direção: Ariel Schavartzman; ass de câmera: Gabriel e Lucas Hached; prod. de set: Ricardo Infante e Bárbara Debanne; eletrica: Denis; Maquinaria: Andre e Bruno; uma força de Pou dilley;
Elenco: Paula, Luisa, Ari, Fabio, Rodrigo, Ariel, Aglailton, BAdé

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Olha só minha gente.

Esse vídeo mostra uma fábrica no Rio de Janeiro que transforma embalagens de Polietileno de alta densidade em madeira plástica. Achei interessante compartilhar com vocês, meus caros amigos!


quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Samba!

Esse foi um churrasco que rolou no sitio no semestre passado. Espero repetir em breve outro momento desse. Meu aniversário tá chegando aí, quem sabe não é uma boa hora.
Aí Andradina valeu bicho! Sem palavras!





Esse pé de valsa aí é o meu pai, grande Armando, sambista de primeira!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O Poeta.

Se cada dia cai

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.
Pablo Neruda

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Assunto batido?

É minha gente, o negócio tá feio. Esse video traz dados alarmantes. Espero que assistam e reflitam. O que podemos fazer? ou, o que não podemos fazer?
O mundo está se acabando e têm gente que diz que sou "exagerado". Exagerado? qual é pessoal?

Gostaria muito de ter filhos, sempre foi um grande sonho pra mim, mas deixar esse mundo de sofrimento e degradação para meus filhos? Ando perdendo a vontade de deixar alguém aqui...



terça-feira, 9 de outubro de 2007

Quer um anel de brilhantes?


Esse final de semana assisti ao aclamado "Blood Diamond", vencedor de inúmeros oscars, mega produção Holywoodiana, com atuações impecáveis de Leonardo DiCaprio e Djimon Hounsou (este desconhecido para mim até o momento, e que me deixou bastante comovido com sua interpretação). Enfim, resolvi escrever aqui no blog sobre um assunto que era desconhecido pra mim, em parte.


Vou tentar explicar porque em parte. O filme trata da questão " Serra Leoa" e sua famigerada guerra civil que assola o país já há alguns anos (isso pra ser bonzinho, se não me engano vamos pra mais ou menos 10, 15 anos de conflito). Um conflito que nasce nos países desenvolvidos como Inglaterra, Bélgica, Estados Unidos e etc, que são os principais consumidores de diamantes no mundo (ah! me esqueci: a Serra Leoa dispõe de muitos diamantes, entre outros minérios), pois bem, a guerra que é vivenciada lá, se deve basicamente à ganancia de países desenvolvidos, os chamados 1º mundo. Naquela velha forma tradicional, os "ricos" se aproveitam dos pobres, que são massacrados em seu país por conta de uma sangrenta exploração de diamantes (que mais terde enfeitarão pescoços, dedos, e sei la mais aonde se usa diamantes). Conta-se que essa população de Serra Leoa jamais teve sua parte na venda desses diamantes, seja em saúde, educação, segurança....ai, olha eu! quanta ingenuidade!.


Continuando...


No início dos anos 2000, o G8 (aquele grupo de países 1º mundista) decidiu que estava proibida a compra de diamantes de locais de conflito. Que ótimo ?Hã,Hã, mudou pouca coisa de lá pra cá, os diamantes extraídos em Serra Leoa são contrabandeados para Libéria (país vizinho em paz. pelo menos é o que dizem), lá eles se tornam diamantes liberianos, por tanto, liberados por não ser de áreas de conflito. O curioso é que na Libéria não tem diamantes, o país é escasso em fontes minerais. Bom, mas acho que isso não importa muito pra ninguém.


Quando disse que o assunto era desconhecido em parte é porque, apesar de não conhecer essa luta por diamantes em países africanos, o que me torna um tanto alienado, nem sequer conhecer os motivos de tanta guerra em Serra Leoa, apesar de já ter ouvido o nome desse país muitas vezes, por conta de sua guerra civil. Me deparo de novo com a raiz do problema. Ou seja, países altamente desenvolvidos (tecnologicamente, belicamente), com muito dinheiro, com nenhuma ética e moral de seus governantes, afastados da natureza, corrompidos pelo capitalismo canibal, dotados de instituições falidas, pensamento falido. Extorquindo, financiando guerras, destruindo uma nação, para satisfazer seus "prazeres" de consumo...


Triste...como quase tudo que nos cerca.



(a foto acima são de homens que vivem em Serra Leoa e têm seus membros amputados pelo FRU (frente revolucionária) que comanda a maioria dos pontos de extração de diamantes no país. Eles adotaram o amputamento de membros afim de "manter a ordem" no país)

sem mais.




ric.

Meu dizer.

Queria que ouvisse meu dizer, acalentado de tanto desprezo,
você mente, engana;
e tão cheia de amor,
me pede um beijo sem qualquer temor,
te sinto, te acho,
longe de tudo que houvera,
de tudo que pudera um dia ser dito.
Te vejo perto, distante
de tudo que outrora foi dito com tanto calor.

Se soubesse escrever
gostaria de dizer como cantam os pássaros,
em notas sublimes,
de perfeitas distâncias,
que me encantam
quando ao mesmo tempo,
cheio de vazios intactos me pego preso, ato, entregue.



ric.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Chorando pela natureza.


A natureza está clamando
De tanto lutar não resistiu
E a poesia está chorando
Sobre o corpo do Brasil!
As matas sumindo da nossa bandeira
O ouro cruzando as fronteiras do mar
O azul é só poeira
O branco em guerra está
E o nosso índio tombou
Pouca gente lutou
Pela sua defesa
E o canto dos pássaros se calou
E o leito dos rios secou
O país todo é uma tristeza
E poeta que sou
Num canto de dor
Eu choro pela natureza

João Nogueira e Paulo César Pinheiro



Estava aqui querendo escrever algo sobre a natureza, ou sobre a desnatureza que estamos vivendo, quando em meu ITunes começou a tocar essa música, pensei: "como vou escrever depois disso." Então resolvi colocar a letra da música.

Acho que essa letra já diz tudo, pra quem não conhece essa música, ela se encontra no disco "Parceria" de João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Falar o que né? quando tem pessoas que falam com tanta beleza.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

2 de Outubro


Queria hoje fazer uma homenagem a um grande homem que passou por esta terra. Em 2 de Outubro de 1869 nascia Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como Mahatma (grande alma) Gandhi.

Pra mim fica um pouco complicado escrever tantos feitos deste homem em poucas palavras, já que não posso me estender muito por aqui, tendo em vista que as pessoas andam um pouco preguiçosas.

Enfim, queria deixar registrado minha sincera e profunda admiração por um homem que como poucos soube lutar pelo seus direitos e pelo que acreditava ser justo e bom para seus semelhantes. Gandhi liderou milhares de pessoas na Índia em busca de independência, igualdade, trabalho justo, alimentação, educação e tantos outros princípios básicos para qualquer nação. Ele fez isso de uma forma incrivelmente bonita e simples: o que ele propunha era, amor. Uma forma de luta não-violenta, sem armas, sem agressões, sem mortes.
Não quero aqui ficar enunciando seus grandes feitos, muito menos dar uma "aula" sobre este Homem, quero somente homenageá-lo no dia de seu nascimento. E constatar o fato, de que o mundo hoje precisaria de homens como ele para se ver livre de uma decadência moral, ética, intelectual, espiritual, ambiental.
Gandhi entre outras idéias pregava a desobediência civil. A paralisação, o não pagamento de impostos, boicote à produtos e etc. Com tais atos, ele e seus seguidores conquistaram grandes evoluções para seu povo.

Será que não devemos repensar seus atos e ensinamentos, e trazer para atualidade pensamentos tão sublimes como o amor ao próximo, a igualdade, a amizade, a não-violência, a justiça? Pois como dizia Gandhi: "Não existe um caminho para paz! A paz é o caminho!"



ric.



(quem quiser saber mais sobre este grande homem, existem muitas informações no google, eu recomendo também assistir o filme que leva seu nome, que pode ser encontrado em qualquer locadora, faculdade, etc.)

Noite


Acordo!

Sobressaltado de um espírito menino que corre por entre os montes.

Vigio a noite sem que ela me vigie, e espreito o luar, que entre coqueiros e viveiros me indicam o caminho.

De um lado para outro como se esperasse alguém chegar, me vejo nu perante a escada do medo...delírio.

Pulsa, pulsa, pulsa forte en las ventanas a brisa que trazida do mar realça meus sentidos, e que à flor da pele suplicam verdades inquietas.
ric.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Entrevista com Capra.


A entrevista é um pouco longa, mas acho que vale a pena ser lida. Não vou falar muito aqui, prefiro ouvi-los.

Para quem não conhece, apresento-lhes um pouco das palavras de Fritjof Capra.



Pergunta - Por que um PhD em física quântica decidiu pesquisar ecologia e escrever livros como O Tao da Física, Ponto de Mutação e Teia da Vida?

Fritjof Capra -­ Isso tem acontecido com freqüência. Sou parte de uma geração que criou uma grande rede de educadores ambientais e de militantes da mudança social. A maior parte de meus companheiros tiveram duas ou três profissões antes de se dedicarem a esse trabalho atual. É sinal dos tempos. Acredito também que deve haver uma influência da minha juventude. Passei meus primeiros anos numa fazenda, na Áustria, em um ambiente bem rural. Eu, meus irmãos e meus primos trabalhávamos na fazenda e tínhamos de caminhar quatro quilômetros para tomar um trem e chegar à escola de segundo grau. É interessante que hoje consigo desenhar mentalmente um mapa daquela fazenda. E apesar de isso ter se passado há quarenta anos, recordo-me como se fosse hoje a posição de cada árvore, de cada plantação de morangos e de batatas. Isso está marcado profundamente em minha memória. Ou seja: meu amor pela ecologia começou bem cedo, na infância.

Pergunta - Isso significa que os conceitos de desenvolvimento sustentável sobre os quais o senhor escreve hoje em dia começaram a ser pensados naquela época, com as suas experiências pessoais?

FC- ­ Fui criado com as motivações e os valores orientados no sentido da observação da natureza. É claro que depois veio meu interesse pela ciência e tornei-me um cientista interessado pela filosofia de Heisemberger, pela física quântica e pelos anos 60 e seus protestos sociais. Tudo isso me fez ficar interessado pela filosofia da física e suas implicações sociais. No final dos anos 70, percebi que poderia usar a física quântica, a teoria da relatividade para entender como novos modelos para a sociedade. Quando falamos de saúde, meio ambiente e economia, falamos de sistemas vivos. Mas, a física nada fala sobre sistemas vivos. Houve então uma mudança, que durou 10 anos, nas minhas áreas de interesse. Fui da física à ecologia. Foi assim que me tornei um educador ambiental e ativista. Já nos meus dois últimos livros (Teia da Vida e Conexões ocultas, este lançado no Brasil em 2002) há muito pouco de física.

Pergunta - Outros cientistas também passaram por transformações tão radicais quanto esta que o senhor relata. Por quê?

FC - Quando você se dedica à física quântica, como eu me dedicava ao estudo da teoria de altas energias, você se debate com questões fundamentais e acaba desenvolvendo a habilidade de observação do mundo. Será que podemos observar o mundo e fazer algo coerente com essa observação? Temos de tentar entender o universo. De onde viemos e de onde veio o universo? E o que temos a dizer sobre tempo e espaço? Eles sempre estiveram ali ou chegaram em um determinado momento? Essas são questões muito profundas. Quando você chega a essa profundidade, você tenta ir tão profundo em outras áreas também. Tal e qual artistas, cientistas também são criativos e por isso entram em outros campos. Mas, essa característica também nos coloca um grande perigo, de nos tornarmos um amador em um campo novo. Eu tento me proteger trabalhando com outras pessoas. Desenvolvi a técnica de criar uma rede de especialistas. Foi isso que fiz no meu segundo livro, O Ponto de Mutação: trabalhei com psicólogos, biólogos, economistas. Mais recentemente, trabalhei com engenheiros, cientistas políticos e designers ecológicos.

Pergunta - O senhor também assessorou empresas?

FC - A primeira vez que assessoro uma empresa é agora, com a Petrobras. Sempre trabalho com pessoas que organizam seminários, aos quais comparecem grupos de três a cinco pessoas, quando colocamos sobre a mesa um determinado tema escolhido pelas próprias pessoas. Geralmente o tema tem a ver com como colocar vida nas organizações e como podemos aplicar a teoria da complexidade às organizações humanas.

Pergunta - Por que grandes corporações como a Petrobras estão interessadas em questões como essas?

FC - Nunca me fiz essa pergunta. Mas, estou feliz por elas estarem interessadas. A minha influência é limitadas aos níveis intermediários das gerências dessas empresas, que são bem hierarquizadas.

Pergunta - O senhor tem trabalhado com eco-alfabetização. O que esse conceito significa?

FC - Há alguns anos, durante um seminário sobre organização ambiental, percebi repentinamente porque há tanta confusão sobre o conceito de sustentabilidade no movimento ambientalista. A sociedade sustentável foi descrita por Lester Brown do World Watch Institute no começo dos anos 80 como aquela que supre as suas próprias necessidades sem exterminar as chances das gerações futuras. Esse é um aspecto bem importante da sustentabilidade, mas não nos diz nada sobre como construir uma sociedade sustentável. E é por isso que há tanta confusão. A questão moral está clara, mas não concordamos com a questão operacional. Como saímos dessa alta atitude moral e chegamos ao nível prático das políticas. Aos princípios da engenharia, por exemplo. É por isso que precisamos de uma definição operacional que começa com a percepção que não devemos começar a construir uma sociedade sustentável do zero. Há modelos na natureza que devemos usar. Ecossistemas são comunidades sustentáveis. Qualquer floresta, qualquer sistema marinho possui uma série de elementos, Eles atuam juntos em um ecossistema que maximizou ao longo de bilhões de anos a sua capacidade de sobreviver. Essa é uma excelente característica da biosfera. Ela sustenta a vida por longos períodos com mudanças complexas. O Sol, por exemplo, teve a sua temperatura alterada, mas a temperatura da Terra não se alterou consideravelmente.

Pergunta - O senhor então defende a idéia de quer é a partir desse conhecimento natural que podemos construir medidas práticas do que seja o princípio moral do desenvolvimento sustentável?

FC - O que precisamos para construir uma sociedade sustentável é fazê-lo de tal forma a não interferir na já provada capacidade de a natureza sustentar a vida. Precisamos entender como isso acontece. É isso que chamo de eco-alfabetização: compreender os princípios básicos da organização de ecossistemas e traduzi-los para comunidades humanas. Essa alfabetização ecológica será um conhecimento crítico em todos os níveis da educação, desde o jardim de infância até a educação profissional. Eu e alguns companheiros construímos em Berkeley, Califórnia, o Centro para Eco-Alfabetização. Neste Centro treinamos professores em ecologia, não como uma cadeira, mas como a espinha dorsal do currículo da escola. Também desenvolvemos projetos ecológicos nas escolas, em casas, nas bacias hidrográficas etc. Quando conversei há alguns anos com o ecologista brasileiro José Lutzemberger e perguntei a ele o que nós, dos países do Norte, poderíamos fazer para ajudar os países do sul, ele disse sem pestanejar: ´volte e eduque o seu povo´.

Pergunta - É possível colocar em prática esses conceitos em um planeta com seis bilhões de habitantes e uma sociedade tão complexa?

FC - Sim. Os ecossistemas também são complexos e funcionam soberbamente. O problema é que pode ser muito tarde para reconhecermos a necessidade da sustentabilidade. Eu decidi não ficar paralisado pelo medo de reconhecer que é muito tarde, porque passaria a trabalhar muito menos e deixaria as coisas ainda piores do que são.

Pergunta - O que o senhor quer dizer com “muito tarde”?

FC - Que podemos chegar a um ponto crítico entre 10 e 20 anos. Podemos chegar a uma situação sem volta. Eu me refiro aos danos causados pelas mudanças do clima, pelo aquecimento global, pela extinção de espécies, que tem sido tão grande que o planeta pode simplesmente nunca se recuperar.

Pergunta - O senhor diz que essa é uma hipótese ou que é algo com probabilidade grande?

FC - Não consigo dizer. Já perguntei a vários especialistas sobre o que eles pensam das chances da raça humana e coloquei suas respostas no encerramento de meu último livro, o Conexões Ocultas. Em vez de especular sobre isso, o que poderia me levar ao desespero, decidi continuar meu trabalho. Temos de fazer como o filósofo comunista italiano Antonio Gramsci: ser pessimistas na percepção do problema e otimistas na ação. O que me dá esperanças é que em meu trabalho com a teoria da complexidade descobri mudanças tremendas em determinados sistemas. E essas mudanças podem acontecer no mundo. Ainda que também possam acontecer para pior, podem também acontecer para melhor.

Pergunta - Como o senhor vê o fato de que aqueles assuntos debatidos em O Ponto de Mutação, há 20 anos, ainda estejam sendo discutidos na conferência da ONU sobre meio ambiente e desenvolvimento realizada no ano passado em Joanesburgo?

FC - Vejo com perplexidade. Estamos no mesmo ponto em que estávamos no final os anos 80. E o que aconteceu desde aquela época? A revolução tecnológica. Houve tremendos avanços que produziram entusiasmo e esquecimento de outras coisas fundamentais, ao mesmo tempo em que se criou uma verdadeira fé no capitalismo global, que é extremamente destrutivo.

entrevista realizada para O Pasquim, gentilmente cedida pelo Jornalista Carlos Tautz - tautz@ecoagencia.com.br © EcoAgência de Notícias, janeiro 2003 - http://www.ecoagencia.com.br/.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Convite Especial!


Amigos, amigas e a quem interessar,


Domingo (30/09) eu estarei discotecando no projeto Zicartola, farei o começo e o fim da festa, já que no meio teremos o som da banda "Cai Dentro". Sou suspeitíssimo pra falar dessa banda porque estudo música com os integrantes e sei o quanto eles são incríveis, para quem nunca ouviu, uma ótima oportunidade de ouvir música de extrema qualidade. É isso, ficarei muito contente de encontrá-los por lá, cerveja, samba, suor...alegria!!!


Onde: Projeto Zicartola, rua: Wisard 252, Vila Madalena

Horário: a partir das 19:00hs

Quanto: Homem R$ 13,00 e mulher R$6,00 (couvert para os artistas da noite)

Lá tem: Cerveja de garrafa (o preço vou ficar devendo)


Espero todos lá!


ric.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Sampa City!


Vista da Av: Dr. Arnaldo, fotografada da Av: Paulista, pelo meu grande amigo/parceiro Ciro Silva, que já me ensinou tanto e tem tanto pra me ensinar ainda...


Quem quiser conhecer o trabalho do Ciro, ou entrar em contato com ele acesse: http://www.casadedesign.com.br/ (o site está passando por reformulações), mas se alguém precisar de qualquer serviço de web, fotografia, design, etc, é só entrar em contato. Esse é o cara!


Grande Cirão, obrigado pela foto!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Memórias de um samba.

...lá estava ela, dona de uma beleza estonteante,
em sua blusa de flores e aqueles olhos que mal posso descrever.
Fiquei absorto, afogado, atônito com sua graciosidade,
vendo ela se mover ao som de um samba lindo,
fui indo, como um pedaço de algodão na imensidão do oceano.
Mal pude conter nos olhos a alegria que sentia.
Entre conversas e risos permaneci, estático...
com uma vontade enorme que não pude saciar,
mas com a sensação de encontrar naqueles olhos
um conforto acalentado,
de alguém que se mostrava tão especialmente bela,
e tão especialmente simples,
como o simples cair do sol numa tarde de verão...


ric.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Tijolo feito de lixo! Totalmente Demais!


O professor de engenharia Francisco Casanova,está construindo moradia popular para quem não tem teto. Em seu laboratório na "Coppe" reinventou uma técnica para fazer tijolos e cimento do solo e de resíduos industriais. Barato e ecológico. Há mais de duas décadas, o professor percorre de favelas a empreiteiras, de prefeituras brasileiras aos governos no exterior, em busca de quem queira financiar o invento, até pouco tempo relegado às prateleiras pelos próprios acadêmicos. Agora, depois do aval das Organizações das Nações Unidas (ONU) e do Musée de Caen, na França, seu projeto começa a sair do papel.



Matéria na íntegra

...


...deitados enfim, na areia marrom, quase da cor da terra, que só brilhava estrelas no céu, estiquei minha mão...
ao toque sutil da areia se movendo, esticou sua mão também.
Ali estava o reencontro, como que no caminhar simples da vida,
lá estavam eles, perpetuados num pedaço de chão que brilhava estrelas no céu.
ric.

...


Não importa o quão longe eu vou, o quão longe irei, o quão longe tu vais.

Importa o quão perto ficaremos ao regressarmos,

e o quanto nossos corpos esbaforidos de um desejo cintilante

se embriagarão no vaso da cumplicidade.



Ric.

Grande amiga, grande parceira, grande fotógrafa!


Essa foto é da Fabiana Pinho.


Pra quem quiser conhecer o trabalho dessa artista, nos links do blog ai do lado direito tem o acesso ao espaço fotográfico dela. Eu recomendo!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Dá-lhe Paulinho!


O cantor e compositor Paulinho da Viola gravou um acústico MTV no mês de Julho e ao que tudo indica o DVD inédito tem seu lançamento previsto para primeira quinzena de Outubro. Como fã incondicional deste gênio aguardo ansioso por este lançamento, mesmo com o selo MTV (que não me inspira muita confiança) tenho total confiança neste Homem que como poucos sabe cantar o coração humano. Ah! vale ressaltar que este DVD inclui algumas faixas inéditas, então é só aguardar que boas músicas virão com certeza.
Mais informações sobre este poeta da alma vocês podem encontrar no site dele.

Paulinho da Viola

Chico


Belas palavras de Chico Buarque de Holanda que me rodeiam todos os dias. Por conta de estar aprendendo está música e estar em contato com ela todos os dias, resolvi colocar aqui a letra pra que todos vocês possam apreciá-la com atenção, e também para que possam aprende-la, porque assim num futuro próximo quando nos encontrarmos numa linda confraternização com o violão nos braços vocês irão me ajudar a cantar. Aliás a letra é lindíssima e só ele (chico) com toda sua sensibilidade, elegância e poesia poderia fazer algo assim. Aproveitem!


Samba e amor


Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade, que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente ainda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna a nossa cama, reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da bem-vinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade, que alarde
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã

Estrada

Na minha vida espero mudanças, anseio trajetos que parecem distantes,
Tão sinuosos que mal consigo ver adiante.
Meio homem, meio zumbi,
Sigo errante por esses caminhos tão vis
Mas sei que se me deres a água,
A força eu já tenho para continuar
E peço e grito bem forte para não me chamar
Se me largaste neste caminho tão só,
É porque sabias que não seguirias.
Se um dia chegar num lugar,
Prometo voltar e contar.
Enquanto isso,
Meio homem, meio zumbi,
Sigo errante por esses caminhos tão vis.
E levarei comigo toda lembrança, amor e dor
Contigo estarei pelos caminhos traçados
Mesmo que a flor se derrame no largo leito por onde hei passado.
Ric.

Pelo Brasil!


Recentemente tive o prazer e o privilégio de fazer uma viagem ao centro-oeste brasileiro, mais precisamente à Chapada dos Veadeiros/GO. Lugar incrível, lindas cachoeiras, paisagens exuberantes, cristais pelo chão, energia de montão. Em Julho lá no município de São Jorge, um vilarejo a mais ou menos 250 Km de Brasília, rola o festival de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. Por intermédio desse festival pude conhecer uma banda muito legal, que apesar de ser de São Paulo eu nunca tinha ouvido falar, A BARCA. Para quem não conhece e também para os que já ouviram segue o link do site da banda/projeto.

A Barca

Vamos lá gente, só mais um pouquinho vai!


O congresso decidiu manter a CPMF, pelo menos até 2011.
Gostaria de saber a opnião dos caros leitores, já que esse tipo de assunto me deixa um pouco com cara de bobo...será que sou?


CPMF (link com a matéria)

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

ELA.

Me sinto pequeno, um nada, uma coisa qualquer frente a ela.
Sua beleza é tão sublime, tão intacta que chego a temê-la.
Tento chegar perto...Quando perto estou; sinto-me vivo,
Mesmo estando o perto mais longe que pudera.
Dela me vêm a luz, a vontade de crescer, de semear por entre os ventos pedaços de mim,
Dela recebo a força, a inspiração.
Dela sou devoto, serviçal ansioso por seus ensinamentos, e por todo amor que irradia.
Tentando entendê-la morrerei,
Seguirei seus caminhos até o fim,
mesmo que com desdém você me tenha.
Minha súplica é só para que me deixes ficar perto
Que prometo não te abandonar, nem por um minuto,
Nem por um breve intervalo deixarei de sentir a emoção.
Nunca poderei tocá-la,
Mas com um fechar dos olhos poderei senti-la mais perto do que todas,
E assim viverei feliz.

Ric.

Coisa dos homens!

É incrível pensar que os mesmos homens que destrõem o planeta, deturpam a ética, assassinam culturas e etc, são capazes de fazer coisas tão bonitas e fantásticas como essa. Esse link que estou colocando abaixo, é de uns malucos que fizeram instrumentos com gelo e tocaram para uma restrita e fascinada platéia nos confins da Noruega . Assistam que vale a pena, é preciso ter quick time para visualizar.
(obrigado por essa e tantas outras, boa viagem, e muita luz neste novo caminho!)

ice music movie

Sejam todos bem vindos!


Com inspiração em meu grande amigo Diogão, resolvi ter meu próprio blog. Aqui colocarei tudo que considero relevante em minha vida, vocês notarão que muitas coisas serão totalmente irrelevantes para muitos, mas espero que sirva de inspiração para alguns e que sirva para trocarmos experiências. O termo wu-wei é frequentemente usado pelos chineses para definir a nã0-ação, não com o sentido prejorativo de passividade e sedentarismo, mas no sentido de que as coisas não sigam contra sua natureza essencial. "Se uma pessoa se abstém de ir contra a natureza, de ir contra a essência das coisas, ela está em harmonia com o tao, e portanto suas ações serão bem sucedidas.". Essa definição é encontrada no livro "O Ponto de Mutação" do autor Fritjof Capra, que já de início é minha sugestão do mês!Sejam todos bem vindos, espero que contribuam para que esse blog seja mais um instrumento da não-ação, ou da ação pró natureza. Que as coisas e pessoas deixem de ir contra a essência natural, e que assim teremos um mundo melhor. Um grande abraço a todos!