quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A Casa


De chão, terra, púrpura fogo

De plantas verde esmeralda que brotam de luz

De água límpida pura, purifica meu espírito

Do Céu encantadas melodias

De dia o sol alumia

Um trocar, deixar, viver

Um passar, largar, sofrer

Com pouco agradeço

Com muito ofereço

Um canto escondido no quarto

Um manto de amor entrelaço

Um cheiro doce de relva serena

Completo de alegria e paixão

Se é escuro no vazio da noite

É lá que me vejo desnudo

Sentado na beira da cama

A lua brilhosa me espelha

Ao redor estrelas às telhas

Dormir no aconchêgo protejo

Sentar compartilhar um anseio

Ouvir perpetuar um conselho

Reunir os amantes do amor

Em berço de esplêndido calor

Pra que possa com furor

Dizer que nada simplesmente

Se não há a semente

O coração pressente

E ressente tudo àquilo

Que a terra consigo não leva.




ric.



2 comentários:

b. disse...

é a casa. em alto paraíso, ou lá por aqueles lados. existe sim o poder de prever o futuro. é este. é assim.

Anônimo disse...

Com pouco agradeço
Com muito ofereço

bonito isso hein...